Ecoou um canto forte na senzala
Negro canta, negro dança
Liberdade fez valer
Não existe sofrimento
Não existe mais chibata
Só existe esperança
Para um novo amanhecer
Povo negro, povo forte
Trabalhavam pro senhor
E sofriam as maldades
Praticadas pelo feitor
O sangue, o suor e a lágrima
Renovavam a força pra lida
Pois sabiam que o sofrimento
Purificava pra nova vida
Ecoou um canto forte na senzala
Ecoou um canto forte na senzala
Negro canta, negro dança
Liberdade fez valer
Não existe sofrimento
Não existe mais chibata
Só existe esperança
Para um novo amanhecer
Do Congo, de Angola ou de Mina
Bahia, Aruanda ou Cambinda
São os Velhinhos da Umbanda
Que encaminham nossas vidas
Esqueceram o terror da senzala
Do cativeiro as crueldades
Pois voltaram pra esta terra
Pra prestar a caridade
Ecoou um canto forte na senzala
Ecoou um canto forte na senzala
Negro canta, negro dança
Liberdade fez valer
Não existe sofrimento
Não existe mais chibata
Só existe esperança
Para um novo amanhecer