Canto de Liberdade

Ecoou um canto forte na senzala
Ecoou um canto forte na senzala
Negro canta, negro dança
Liberdade fez valer
Não existe sofrimento
Não existe mais chibata
Só existe esperança
Para um novo amanhecer


Povo negro, povo forte
Trabalhavam pro senhor
E sofriam as maldades
Praticadas pelo feitor
O sangue, o suor e a lágrima
Renovavam a força pra lida
Pois sabiam que o sofrimento
Purificava pra nova vida


Ecoou um canto forte na senzala
Ecoou um canto forte na senzala
Negro canta, negro dança
Liberdade fez valer
Não existe sofrimento
Não existe mais chibata
Só existe esperança
Para um novo amanhecer


Do Congo, de Angola ou de Mina
Bahia, Aruanda ou Cambinda
São os Velhinhos da Umbanda
Que encaminham nossas vidas
Esqueceram o terror da senzala
Do cativeiro as crueldades
Pois voltaram pra esta terra
Pra prestar a caridade


Ecoou um canto forte na senzala
Ecoou um canto forte na senzala
Negro canta, negro dança
Liberdade fez valer
Não existe sofrimento
Não existe mais chibata
Só existe esperança
Para um novo amanhecer


Nanã é uma santa é uma rainha
vovó Nanã mora no fundo do mar.
Nanã é uma santa é uma rainha
vovó Nanã mora no fundo do mar
O Salubá, Salubá Nanã.
O Salubá, Salubá Nanã.

Salve a senhora mãe das mães !

Xangô, Kaô Kabecilê


Eu vi as águas rolar, cachoeira roncar, derrepente parou
Eu vi mamãe Oxum na cachoeira, Pai Xangô la na pedreira
É lelé ou Kâo
É lelé ou Kaô, é lelé ou Kaô !

Kaô Kabecilê Xangô ! Salve o rei do fogo !